Abin monitorava mais de 10 mil pessoas de forma ilegal
Por Antônio Alves - Membro do Comitê Central do PCB e do conselho editorial do site O Poder Popular
O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação contra a denúncia da utilização de uma ferramenta de geolocalização pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). A ferramenta é o programa "FirstMile" que permite monitorar os passos de até 10 mil proprietários de telefones a cada 12 meses.
O programa é de origem israelense e pode identificar a localização da área aproximada de aparelhos que utilizam as redes 2G, 3G e 4G. O modo de operar é simples, bastava digitar o número do telefone e acompanhar a última localização no mapa do dono do aparelho.
Segundo relatório a tecnologia do "FirstMile" foi utilizada, inclusive, contra os próprios agentes em atividades.
O que chamou a atenção é que esse programa foi adquirido por R$ 5,7 milhões, sem licitação, no fim de 2018, na gestão de Temer. Porém, foi utilizada ao longo do governo Bolsonaro até meados de 2021.
O MPF quer saber qual foi a motivação para utilizar essa ferramenta de espionagem e porque não existem registros ou protocolos legais para o uso.
Precisamos de explicações sob quais circunstâncias e os objetivos para utilização desse software? Passamos por um período de trevas, onde na caverna onde o sentimento reacionário dos defensores da ditadura militar, passaram a fazer eco no presente, fortalecendo o fascismo.
A ABIN como herdeira do legado do Sistema Nacional de Informação (SNI) criado por Golbery do Couto e Silva, apresenta nessa ocasião, o que governos reacionários são capazes de fazer para manter o poder!
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