Apoio à greve da classe trabalhadora da educação das redes municipais do Pará!
Neste ano de 2022, a classe trabalhadora da educação dos municípios do Pará decidiu por declarar estado de greve pelo PAGAMENTO DO PISO SALARIAL DO MAGISTÉRIO e pelo REAJUSTE SALARIAL DOS SERVIDORES NÃO-DOCENTES, que ganham um salário indigno de valor abaixo do salário mínimo.
A categoria (professores, motoristas, secretários, diretores, porteiros, zeladores, agentes de limpeza e alimentação, assistentes administrativos) reivindica seus direitos perante as atuais gestões municipais, mas têm recebido um tratamento desrespeitoso pelos seus gestores, especialmente a categoria de Belém que orgulhosamente apoiou a candidatura do atual prefeito Edmilson Rodrigues, do PSOL.
Entretanto, no dia 1º de abril, em Breves, sob gestão do prefeito Xarão Leão (MDB), os trabalhadores da educação tiveram importante conquista: após forte pressão dos trabalhadores, A C MARA DOS VEREADORES APROVOU O REAJUSTE DE 16% PARA OS SERVIDORES DE APOIO, ADMINISTRATIVOS E TÉCNICOS EDUCACIONAIS.
Nos outros municípios, a categoria da educação segue em luta. Em Belém, o prefeito Edmilson Rodrigues, que em campanha se comprometeu com os trabalhadores da educação, tem proferido discursos inflamados promovendo a divisão no interior da categoria, entre docentes e não-docentes, como se os professores fossem responsáveis pelos baixos salários dos não-docentes, com valores abaixo do salário mínimo nacional.
Covardemente, o prefeito de Belém afirma em discurso que um professor “ganha quase o que um prefeito ganha” em salário. Mas são palavras mentirosas, conforme denunciou o Sintepp de Belém: os salários que professores receberam em março, para 8h de trabalho, corresponde a R$ 2.458,18, com as gratificações devidas à formação e tempo de serviço podem chegar ao líquido de R$6.500.
O prefeito não disse que a defasagem em relação ao piso nacional é de quase 40% em Belém; não disse que a gratificação por formação é concedida somente aos docentes (e os não-docentes???). Edmilson parece ter esquecido seus anos de luta docente e que os professores financiam com os seus salários suas ferramentas de trabalho para atividades pedagógicas nas escolas; mas o prefeito não esqueceu de ajustar as tarifas do transporte público ao gosto da patronal dos transportes. Os trabalhadores não-docentes recebem menos de R$1.212,00 reais no salário e ainda se deparam com um aumento absurdo da tarifa de ônibus. Cada aumento de preços de alimentos e de transportes reduz o poder de compra dos seus salários!
A prefeitura de Baião, sob gestão Lourival Filho (PSD), tem se posicionado indiferente aos trabalhadores da educação, deixando claro que não pretende dialogar com a classe para atendimento dos seus direitos, e que terão que recorrer a batalhas judiciais.
A prefeitura de Portel, sob gestão de Paulo Ferreira (MDB), nomeia um Secretário de Educação que toma decisões com base em suas próprias interpretações da lei, que provocam graves cortes salariais sem precedentes na história dos trabalhadores da educação portelense. Paulo Ferreira age friamente retirando direitos dos trabalhadores desde quando assumiu o cargo; e seu secretário de educação, Elias Saraiva, não demonstra interesse em agendar reuniões com a coordenação do sindicato (Sintepp).
A UJC-PA presta solidariedade à luta constante dos trabalhadores da educação de todos os municípios paraenses que declararam greve. Presta apoio ao Sintepp, sindicato valoroso e atuante na defesa dos direitos desta classe tão desvalorizada. E reivindicamos em conjunto a estes trabalhadores que os prefeitos de todos os municípios abram um canal de negociação com a categoria em vez de tratá-los com desrespeito e indiferença!
PELO REAJUSTE SALARIAL DOS NÃO-DOCENTES!
PELO PAGAMENTO DO PISO DO MAGISTÉRIO!