O duplo padrão e a hipocrisia da mídia ocidental
O duplo padrão da mídia ocidental fica evidente quando o assunto são as lutas de resistência em curso no Oriente Médio (Ásia Ocidental). A cobertura segue sempre dois pesos e duas medidas, atribuindo à resistência a condição de “terroristas”, aos terroristas a condição de “insurgentes” e, aos agressores, o “direito de defesa”.
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Um caso envolvendo a CNN ilustra bem essa contradição. Há dois anos, o canal enviou uma carta ao Irã solicitando uma entrevista com o presidente Ibrahim Raisi. Segundo a tradução iraniana, foi solicitado que a repórter usasse um hijab (véu islâmico) durante a entrevista. De forma polêmica, a jornalista Christiane Amanpour recusou-se a usar o hijab e gravou-se sozinha no estúdio, sem o convidado.
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Agora, com a ascensão do grupo Hay'at Tahrir al-Sham (antiga Frente al-Nusra, vinculada à Al-Qaeda e apoiada por EUA, Israel e Turquia), a mesma CNN enviou a repórter Joumana Karadsheh a Damasco para entrevistar o líder “insurgente” Abu Muhammad al-Jolani. Durante a entrevista exclusiva, a repórter usou um hijab e esforçou-se para suavizar a imagem do entrevistado, que figura na lista de terroristas procurados pelos EUA.
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