História da SUS e a participação do PCB
UJC Nacional
VIVA O SUS! Mas você já parou para pensar quem construiu esse sistema? Vem conferir com a gente
Antecedentes
O que levou ao movimento da Reforma Sanitária foi a indignação da sociedade brasileira com os indicadores de saúde que pioravam de forma gritante sob a Ditadura Militar.
- Brasil era o país líder no número de tais acidentes em relação aos trabalhadores ativos de todo o mundo ocidental;
- O criminoso coeficiente de mortalidade infantil;
- Privatização da saúde que se aprofundava, mediante a política do Governo Militar de financiamento dos grandes interesses privados na saúde.
Essa indignação gerou uma série de articulações entre os trabalhadores da saúde, a população e os movimentos sociais em geral.
Qual o papel desempenhado pelo PCB e seus militantes nessa luta?
CEBES
Surge da militância do PCB a iniciativa da criação do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes) em 1976. Juntamente com a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO), também influenciada pela militância do PCB, o Cebes desempenhou um papel central na Reforma Sanitária.
- Organizou o movimento da Reforma Sanitária;
- Contribuiu para a formação da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO);
- Passou a publicar a revista Saúde em Debate, a qual é editada até hoje, assumindo o papel de "intelectual orgânico" da Reforma Sanitária na acepção de Gramsci (1968).
Movimento Renovação Médica
Após um amplo processo de arregimentação das forças da "esquerda médica", hegemonizado pelo PCB, que envolveu a realização de reuniões entre 1975 e 1977, o Movimento de Renovação Médica, iniciado em São Paulo, permitiu que a categoria conquistasse sindicatos em grande parte do Brasil, como no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia e Espírito Santo. Esses sindicatos passaram a defender os direitos dos médicos como trabalhadores assalariados. Em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, militantes ou simpatizantes do PCB assumiram a presidência dessas entidades naquele momento.
8ª Conferência Nacional da Saúde
Em 1986, a 8ª Conferência Nacional de Saúde aprovou o conceito de saúde como um direito do cidadão e delineou os fundamentos do SUS. Esse avanço foi baseado no desenvolvimento de diversas estratégias que possibilitaram a coordenação, integração e transferência de recursos entre as instituições de saúde federais, estaduais e municipais. Essas mudanças administrativas estabeleceram os alicerces para a construção do SUS.
Constituição de 1988
A Constituição de 1988 representou um marco na saúde pública brasileira ao consolidar o SUS. Ela reconheceu a saúde como um direito de todos e dever do Estado, garantindo acesso universal e igualitário aos serviços de saúde. Antes disso, o acesso à saúde formal era extremamente limitado, com alta incidência de doenças infectocontagiosas letais, especialmente entre crianças nas regiões mais isoladas. Para a classe trabalhadora em geral, consultas médicas eram raras e muitas vezes inacessíveis.
O SUS é fruto do movimento da Reforma Sanitária, que nasceu da indignação da sociedade brasileira diante dos indicadores de saúde, que pioravam drasticamente sob a Ditadura Militar.
O PCB esteve na linha de frente desse movimento de revolta, desempenhando um papel crucial na criação de diversas entidades de luta e estudo que foram fundamentais para a consolidação do SUS. Hoje, tanto o Partido quanto seus coletivos continuam sendo parte ativa nas lutas pela ampliação e melhoria do sistema.
VIVA O SUS E TODOS QUE O CONSTRUÍRAM!
COM O SUS E PARA ALÉM DELE!
VIVA O PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO!
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