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O Marco Temporal é um ataque direto aos povos indígenas, acometido pela ambiciosa bancada ruralista que visa a obtenção de mais terras e o saqueamento de nossos bens naturais. Se essa tese for aprovada as consequências serão terríveis para o planeta. Estamos falando da ocorrência de mais desmatamento, vendas de madeiras ilegais, realização de garimpos irregulares que poluem fozes de rios, uso dessa terra para agropecuária e assim elevação da produção de gases do efeito estufa.

Vale relembrar que durante essa semana foi completado um ano da morte de Bruno e Dom, ainda com várias perguntas sem respostas. Nosso colega indigenista Bruno nos serve como exemplo, uma marca honrosa da luta travada por muitos servidores públicos, em parceria com os povos indígenas, contra a exploração ilegal em diversas regiões do país.

Sabemos o quão importante é a realização das demarcações de terras dos povos indígenas corresponderem a garantia de seus direitos, a preservação de suas identidades e assim a efetiva proteção do meio ambiente conduzida por esses povos.

Hoje o tema foi pautado no Supremo Tribunal, o ministro Alexandre de Moraes votou contra a tese, acompanhando assim o voto do relator Fachin. Após o voto do Moraes o ministro Mendonça pediu vista, adiando o julgamento para outro dia. Estaremos atentos e seguiremos firmes nessa luta por um país mais justo.

Publicado originalmente em: https://fonasefe.org/8465-2/

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