
Onda de calor extremo acende alerta nas escolas públicas e Sepe cobra governos
SEPE - Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro
Com os alertas meteorológicos para a cidade do Rio de Janeiro e demais municípios de registro de recordes de calor previstos para esta semana, o Sepe vem a público solicitar das autoridades municipais e estaduais providências para garantir a saúde dos profissionais e alunos nas escolas públicas em nosso estado. O sindicato denuncia desde o ano passado a grave situação das escolas das redes estaduais e municipais, que sofrem com as sucessivas ondas de calor provocadas pela crise climática.
Nos últimos dias, o Sepe tem recebido uma série de denúncias de profissionais e membros das comunidades escolares sobre as altas temperaturas registradas nas unidades estaduais e municipais, já que uma série delas não conta com climatização ou os equipamentos não funcionam de forma adequada. O problema não se restringe apenas às salas de aula: os funcionários das cozinhas escolares também reclamam já que as mesmas não possuem climatização e as cozinheiras reclamam de trabalhar diariamente debaixo de temperaturas que tornam o ambiente completamente insalubre.
Nesta segunda feira, o sindicato recebeu comunicados das prefeituras de Itaguaí e Mangaratiba que decidiram encurtar o período das aulas nas escolas para enfrentar o alerta de temperaturas altas durante esta semana. Na rede municipal de Mangaratiba, o horário de funcionamento das unidades escolares será reduzido em 50% entre os dias 17 e 21 de fevereiro.
Já na rede municipal de Itaguaí, as aulas do turno da manhã terminarão às 10h e as do turno da tarde às 17h e, nas creches municipais, a frequência das crianças será facultativa. Segundo a Secretaria Municipal de Educação de Itaguaí, hoje haverá uma reunião para aprovar uma resolução com medidas a serem adotadas para o restante da semana.
Na semana passada (11/2), o Sepe São Gonçalo denunciou em audiência com a Secretaria de Educação sobre os problemas enfrentados pelos profissionais e alunos por causa do calor. No município, que conta com 114 unidades escolares, só 26 delas são climatizadas. Tivemos informação de que as redes municipais de Quissamã, Barra Mansa e Angra dos Reis também já reduziram o horário de funcionamento das escolas.
O Sepe tem agenda uma audiência com a Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) na quarta-feira (dia 19) e a questão dos problemas com a climatização nas escolas é um dos principais pontos da pauta. O sindicato vai cobrar do órgão providências imediatas para garantir a climatização do conjunto das unidades escolares da rede estadual, com o objetivo de assegurar a saúde dos profissionais e alunos que nelas trabalham. Audiência com tema semelhante também já está sendo solicitada com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
O sindicato solicita aos profissionais das escolas municipais e estaduais para que nos enviem denúncias sobre a ocorrência de altas temperaturas nas suas unidades (veja informações na imagem ao lado). Para tanto, a categoria deve preencher o formulário online disponibilizado no site do Sepe RJ (www.seperj.org.br), dizendo o nome da unidade, a que rede pertence e em que município sua escola se localiza.
Não é de hoje que o sindicato e a categoria vem denunciando a falta de políticas do governo estadual e das prefeituras para garantir a climatização nas escolas, tendo em vista o aumento das temperaturas e as fortes ondas de calor que, agora, não ocorrem apenas nos meses de verão e são uma consequência do avanço em nível planetário da crise climática e do aquecimento global. Os profissionais de educação entendem que dotar as escolas com equipamentos de climatização e oferecer a infraestrutura necessária para que eles possam funcionar é, antes de tudo, uma obrigação dos governos. Não podemos expor a categoria e nossos alunos aos riscos representados pelas verdadeiras “saunas de aula” do seu cotidiano nas escolas.
SEEDUC libera colégios sem climatização para reduzirem a carga horária em até 50%
Sob pressão, devido à onda de calor que está afligindo todo o Estado do Rio de Janeiro, causando recordes de temperaturas e de sensação térmica, a SEEDUC, em aviso interno (foto ao lado), concedeu autonomia às unidades escolares que estiverem “com inoperância total ou parcial de seus sistemas de climatização (para) reduzir a carga horária presencial em até 50% no mês de fevereiro/2025, e/ou prover rodízio de turmas nas salas de aula refrigeradas”.
A falta de condições de muitos colégios estaduais de enfrentar o calor extremo (assumida nesse aviso interno) explodiu nessa segunda-feira, dia 17, com os telejornais mostrando protestos da comunidade escolar em diversas regiões da capital e Região Metropolitana.
O sindicato terá audiência emergencial nessa quarta-feira, 19/2, com a SEEDUC, para tratar dessa questão, quando mostraremos exemplos de colégios sem condições de trabalho e recomendaremos uma séria de ações.
O Sepe vem recebendo denúncias e abriu em nosso site um formulário para que os profissionais de educação, pais e responsáveis e estudantes possam nos enviar informações sobre a situação das unidades (estaduais e municipais).
Link para o formulário do Sepe
▶️ bit.ly/SaunadeAulaRJ
Fontes:


https://www.instagram.com/p/DGOgaxnPnoP/?igsh=MXVvZjg2YmFlMHo4ag%3D%3D
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