
Por Gabriela Marreco - militante do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro em MG
As crianças de nossa classe.
Com olhar triste
Vendo a vida passar
As crianças de nossa classe
Não sabem se vão estudar.
As panelas estão vazias.
Não tem fruta todo dia
O que sobra são os restos
De ossos e de comida vencida
- Minha mãe trabalha tanto
Que quase não vejo ela
Mas a gente também não vê
A comida na panela.
As crianças de nossa classe
Correm risco de morrer
Por balas do estado
Que deviam lhes proteger
E a saúde das crianças?
Como estão ameaçadas
Alimentos contaminados
Verbas para ciência e pesquisa cortados
O SUS sendo sucateado
E os atendimentos aos usuários?
Estão sendo precarizados.
As crianças de nossa classe
Tem o direito de brincar
Correr
subir
Cair
E chorar
Comer
dormir
Estudar
E gargalhar
Mas ainda há esperanças
Do futuro a esmerar
Onde junto com as crianças
Estaremos a lutar
Gregório, Raul, Alice e Olguinha
Gabriel, Sofia, Elena e Lenina
Todas as crianças juntas
De uma classe só
Para derrubada do capitalismo
E na construção de um mundo melhor.
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