Pelo Direito à Moradia Digna

Pelo Direito à Moradia Digna

Por: Redação ·

Por Lucas Mortagua, Alamir Kommling e Bruno Mello, militantes do Comitê de Base da Unidade Classista de Pelotas

Não é de hoje que ouvimos falar de famílias sendo despejadas de suas casas, até mesmo as quais são habitadas há anos por trabalhadores e trabalhadoras, bem como do despejo de ocupações que ocorrem por decorrência das mazelas da sociedade capitalista - inclusive com o suporte de governadores, prefeitos e vereadores a serviço do capital.

Entretanto, o que imaginávamos ser impossível, continuou acontecendo em plena pandemia. Pessoas, em situação de vulnerabilidade, não só no Rio grande do Sul, mas em todo o Brasil, vêm tendo o seu direito à moradia tolhido. O que já era vergonhoso em períodos de crise do capital (o que é padrão das sociedades ao redor do mundo) agora acontece em um período de maior fragilidade para a classe dos trabalhadores.

Quando concebíamos que os direitos da classe trabalhadora – conquistados através de muita luta - seriam respeitados, porque passamos por um período difícil; estávamos errados! A ofensiva contra os operários, os desempregados, os "famélicos da terra"; é incessante. A cada dia é possível registrar um novo ataque ao povo vindo diretamente do desgoverno de plantão. Em outras palavras, esses ataques ao direito à moradia - e nem estamos falando de moradia digna, ou um projeto de moradia popular, falamos de ocupações e casas construídas em locais de risco - nos revelam nas entrelinhas a seguinte frase: "TODO PODER AO EMPRESARIADO, NADA AO PROLETARIADO".

O povo brasileiro já está cansado de ver famílias despejadas até de barracos provisórios construídos por conta de falta de pagamento de aluguel por consequência do enorme índice de desemprego alcançado durante a pandemia, e um auxílio de fome oferecido àqueles que tentam subsistir sendo obrigados a viver como excedente; um exército de mão de obra reserva e que serve de barganha para manter salários baixos.

Não nos calemos diante daqueles que em lugar de deixar o povo morar dignamente em um local já habitado pela mesma família há tempos, sejam despejados por especulação imobiliária com uso da força coercitiva, para projetos de moradias para a classe alta local: a famigerada burguesia.

Precisamos nos revoltar contra essas ações. Criar e lutar, nos mantermos ativos nas linhas de frente, pela questão da moradia popular. Do direito mais básico da cidadania: não privar as pessoas de terem um canto para descansar. Apenas para ter algum lugar para retornar no fim do dia.

Temos que buscar apoiar projetos de moradia popular, ou ainda então construí-los, para que não mais vejamos esses tipos de notícias veiculadas ao povo mais fragilizado da sociedade moderna capitalista, e nos manifestarmos contra mais uma das injustiças que são lançadas nas costas dos oprimidos.

Finalizamos esse texto com uma paráfrase de Ernesto “Che” Guevara: "Se você consegue se indignar com qualquer injustiça que acontece no mundo, então meu amigo, somos camaradas!". Nunca deixemos de nos indignar pelas injustiças! Utilizaremos essas como combustível para o fogo que a luta pelo Brasil Socialista necessita, hoje e sempre!"

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