Por Maurício Campos – Jornalista, Mestre em Letras e Especialista em Filosofia e Psicologia Forense e Criminal.
Como jornalista, professor e agente de segurança sempre me faço este questionamento; o Brasil perdeu a guerra contra o narcotráfico e o crime organizado, estamos enxugando gelo – policiais prendem usuários e mulas que são soltas no dia seguinte. Os agentes de segurança estão gastando energia a toa, pois eles não combatem o crime, cumprem estatísticas para mostrar que não são inúteis perante a sociedade, mas até que ponto suas condutas estão sendo eficiente para a sociedade e para o país? Até que ponto suas ações estão melindrando o crime organizado realmente?
Segundo estudos, países que legalizaram o consumo de drogas mitigaram as ações do crime organizado e, a partir daí, começaram a combater os verdadeiros criminosos, buscando-os por crimes que poderiam ser pegos, tais como: lavagem de dinheiro, evasão de divisas entre outros. Lembremo-nos de Al Capone – quando a lei seca terminou seu império do crime organizado foi por terra e ele foi apanhado por sonegação de impostos e empreendimentos de fachada.
Caso as drogas sejam legalizadas, o crime organizado cai, em tese, por terra, pois terão que ser tributados tanto na produção quanto na venda e terão que migrar para outra área de crime – o que pode vir a ser combatido na raiz devido a sua insipiência.
Não obstante, quem está obstruindo tal feito de legalizar as drogas? Qual interesse eles têm? Por que não legalizar? Afinal, legalizando ou não ela vai continuar a ser consumida e o Brasil continuará - caso não haja legalização – enxugando gelo e mostrando sua derrocada para o crime.
A resposta a estes questionamentos é clara, ilustre leitor e internauta: quem não quer tal realização são políticos inescrupulosos e corruptos que são financiados pelo tráfico e os próprios traficantes, pois estes estão acomodados dentro das penitenciárias comandando seus negócios escusos com a benção do estado; estão adentrando na política e assumindo lugar de destaque no ambiente onde se faz as leis (legislativo). Não esqueçamos o caso Marielle Franco. Lembremo-nos que há diversos políticos vinculados ao crime organizado que estão presos no estado de Santa Catarina, no Rio de Janeiro a milícia tomou conta dos parlamentos municipais e está se expandindo para a Assembleia e ambicionando o congresso. Recentemente, no sul do país, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro foi flagrado amedrontando opositores e eleitores através de líderes de facções.
Conforme informações da mídia nacional, facções estão elegendo vereadores com o intuito de ascender para as Assembleias e para o Congresso Nacional, não demora muito – teremos, além da bancada da bala, bancada ruralista e bancada evangélica – a bancada da droga.
Se a política já era difícil com corrupção, desvio de dinheiro e crime do colarinho branco, imagine, caro amigo e amigas, com o crime organizado.
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