Servidores Públicos de Caucaia Entram em Greve Contra Reforma da Previdência Aprovada em Janeiro
San Diego Castilho - Poder Popular Ceará
Servidores públicos das áreas de saúde, educação e assistência social iniciaram uma greve geral nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, em Caucaia, em protesto contra a reforma da previdência municipal aprovada no último dia 31 de janeiro.
A medida, proposta pelo prefeito Naumi Amorim (PSD) e aprovada pela Câmara dos Vereadores, altera significativamente as regras previdenciárias, afetando todos os servidores públicos do município. A prefeitura alega que a reforma é necessária devido a uma crise financeira. No entanto, os trabalhadores consideram as mudanças prejudiciais e desproporcionais.
Entre os principais pontos da nova legislação estão o aumento da idade mínima para aposentadoria e a implementação de descontos progressivos sobre os benefícios. Para os professores, a idade mínima para aposentadoria subiu para 57 anos para mulheres e 60 anos para homens. Para os demais servidores, as novas exigências são de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
Outra mudança que gerou grande insatisfação foi a criação de descontos de até 16% sobre os salários dos aposentados. Além disso, em caso de falecimento do servidor, o valor da pensão por morte será reduzido pela metade, impactando diretamente as famílias dos trabalhadores.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep) exige a revogação imediata da nova legislação e a abertura de uma mesa de negociação. No ato de hoje, o movimento grevista protestou na Praça da Matriz de Caucaia.
Histórico:
Não é a primeira vez que o prefeito de Caucaia ataca os direitos dos servidores públicos. Em 2019, no seu primeiro mandato, o psdbista tentou inviabilizar o funcionamento do SINDSEP ao tentar cortar o repasse do desconto em folha de pagamento da mensalidade dos sócios da entidade.
Sua primeira gestão também foi marcada por denúncias de corrupção. À época, o irmão de Naumi, Miguel Amorim, e secretários da gestão municipal foram detidos pela Polícia Federal com cerca de R$ 600 mil em dinheiro por suspeita de crime eleitoral.
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