Toda solidariedade aos trabalhadores da 35ª Bienal de São Paulo

Coletivo Cultural Vianinha - SP

Mais uma vez, a lógica do Capital utiliza nossas pautas para explorar de forma vil a nossa classe, colocando os trabalhadores da cultura em péssimas condições de trabalho! Em nome da diversidade, explora-se corpos diversos!

No último dia 18, os trabalhadores da 35ª Bienal de São Paulo vieram a público, por meio de uma carta aberta, denunciar as condições absolutamente inadmissíveis sob as quais estão sujeitos. Entre as inúmeras irregularidades, como vale refeição abaixo do mercado, eles relatam situações absurdas como “calor excessivo, causando desmaios, a espera de até três horas para um revezamento que permita ir ao banheiro, além das atitudes de intimidação, o que caracteriza assédio moral, entre outros”.

​Para além disso, está demonstrado que o discurso sobre diversidade e inclusão, supostamente encampadas pelos organizadores da Bienal, nada mais é do que uma instrumentalização marketeira dessas pautas. Contratam-se pessoas negras e Lgbtqia+ com o único objetivo de fazer com que a Bienal tenha uma aparência inclusiva, quando na realidade, esses trabalhadores estão sujeitos às mais vís condições, como denunciado pela carta dos próprios trabalhadores.

​Isso serve para nos mostrar a facilidade com a qual o Capital é capaz de instrumentalizar as nossas pautas para seus próprios interesses, ao mesmo tempo que uma parte da sociedade é ludibriada por discursos inclusivos despolitizados veículados por seus porta-vozes. Frente a isso, dizemos: não pode haver luta anti-opressão que não esteja ligada à luta anti-capitalista.

​Assim sendo, o Coletivo Cultural Vianinha declara toda a solidariedade aos trabalhdores da 35ª Bienal de São Paulo.

Leia a carta na íntegra: https://select.art.br/carta-aberta-35a-bienal/

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