Todo apoio à luta pela libertação da Palestina!
Declaração política emitida pelo Birô Político da Frente Popular para Libertação da Palestina
Durante reunião realizada no final de maio, o Birô Político da Frente Popular para a Libertação da Palestina fez uma análise dos acontecimentos políticos nos níveis nacional, árabe e internacional e no nível da entidade sionista. Nesse aspecto o Birô Político saudou com honras e orgulhos as almas dos heróicos mártires, que partiram durante a traiçoeira agressão israelense na Faixa de Gaza, ao assassinar vários líderes das Brigadas Al-Quds, braço armado da Jihad Islâmica com suas famílias e cinco das Brigadas do Mártir Abu Ali Mustafa, braço armado da PFLP, que são os camaradas: o mártir Uday al-Louh, o mártir Muhammad Abu Ta'ima, o mártir Alaa Abu Taima, o mártir Alam Abd al-Aziz e o mártir Ayman Saidam, desejando uma rápida recuperação para os feridos.
Saudou também o povo da Faixa de Gaza pela sua firmeza por resistir frente à agressão israelense e a todo o nosso povo dentro da pátria e da diáspora, enaltecendo o papel desempenhado pela resistência palestina durante a agressão. As facções de resistência na batalha de "vingança dos livros" surpreenderam o inimigo com suas táticas, atrasando a resposta do ataque inimigo em cerca de 36 horas, o que o deixou em estado de pânico e provocou uma rachadura em sua frente interna. Antes que a resistência começasse a responder aos ataques e lançar seus mísseis, pois parou os aeroportos e prejudicou a economia, levando à fuga da maioria dos moradores dos assentamentos que foram atingidos pelos mísseis, e interromperam o processo educacional e os aspectos da vida nas principais cidades, além de perdas humanas, lares e centros industriais e serviços durante os cinco dias de batalha. Nela, a resistência palestina era um rival forte e conhecido, pois frustrava o objetivo principal do desejo do inimigo de restaurar seu poder de dissuasão.
No mesmo contexto, o Birô Político afirmou que nosso povo está caminhando firmemente para um levante (Intifada) generalizado, apesar das tentativas da administração estadunidense, do inimigo sionista, dos partidos árabes e da Autoridade Nacional Palestina em esfriar o movimento, com o objetivo de acabar com a resistência crescente, suas brigadas militares e ramificações nas cidades e nos campos dos refugiados na Cisjordânia, ou as políticas de contenção multiforme, através da implementação das resoluções de segurança das cúpulas de Aqaba e Sharm el-Sheikh. O Birô Político enfatizou que a estratégia nacional unificada para restaurar a unidade continuará sendo um marco para o movimento político palestino. Buscamos alcançá-lo paralelamente com a estratégia de luta e estabelecimento da frente de resistência palestina, como uma formação unificada no campo da batalha para enfrentar a ocupação e sua agressão.
O Birô destacou o cenário político sionista, sua contínua crise e divisão interna, que é reflexo de uma divisão social mais profunda, que deixou amplas repercussões: políticas, econômicas, militares e na segurança, através do acirramento da contradição estrutural em sua sociedade, bem como entre seus partidos políticos. Contribuem para a crise o declínio da popularidade de Netanyahu, o aprofundamento das divergências entre os pilares de seu governo, o aumento da dificuldade das condições de vida e o movimento de oficiais e soldados da reserva, da Força Aérea e o Mossad, incluindo o Shin Bet e da polícia. Há ainda a decadência do status de “Israel” no mundo, além das chamadas do BDS para boicotá-lo e de muitas de suas instituições, as mudanças que ocorrem nas duas sociedades, árabe e regional. Tudo isso exige o aprofundamento da crise e da divisão, acelerando o ritmo da resistência com base numa visão e estratégia compreensiva do conflito, no quadro das duas dimensões: nacional e internacional.
O Birô Político analisa as transformações do cenário árabe e regional, no que diz respeito ao rumo das reconciliações políticas, das quais a mais destacada foi o acordo de reconciliação entre a Arábia Saudita e o Irã sob intermediação dos chineses, o retorno das relações sírio-árabes e sua presença na cúpula árabe em Jeddah, como confirmação da vitória da Síria e sua resistência diante da conspiração global contra o país, a ponto de que alguns regimes árabes constituíram uma frente de apoio às milícias para derrubar o regime, bem como uma declaração clara de quebra do isolamento árabe imposto à Síria e seu retorno ao seu lugar natural na vanguarda dos países árabes. O Birô alertou sobre as tentativas da administração dos EUA e outras partes afetadas por essa reconciliação para desativá-la através da continuação do bloqueio, com o objetivo de alcançar o que os anos de guerra e conspiração não alcançaram.
Sobre o conflito em curso no Sudão, enfatizou o Birô Político, especialmente após o fracasso da maioria das tentativas de acalmar e conter os confrontos em andamento entre os dois aliados de ontem e os oponentes de hoje: nenhuma das partes em conflito tem um programa de reforma nacional, ambas usurpam o poder e se voltam contra o povo sudanês que grita palavras de ordem como pão, liberdade, justiça e democracia. Ambos estão correndo para normalizar relações com "Israel", que agora tenta desempenhar um papel de mediador entre os conflituosos, que são convidados nos meios de comunicação hebreus, na tentativa de mobilizar a opinião pública em seu apoio. A crise sudanesa é na verdade uma briga interna pelo poder com dimensões regional e internacional, visando a riqueza do Sudão e seu controle, explorando o estado de caos que prevalece neste país, que sofreu décadas com as contínuas políticas de empobrecimento, corrupção e divisão para impedi-lo de investir seus enormes recursos, e isso requer as forças patrióticas sudanesas livres para enfrentá-lo, combatendo os perigos de divisão cujas possibilidades aumentam conforme se dá continuação do conflito.
Sobre a questão dos desenvolvimentos no panorama internacional, o Birô deteve-se perante as características de declínio do papel dos EUA globalmente e as fortes tendências para um novo sistema multipolar, sobretudo após a escalada dos acordos econômicos e políticos entre China e Rússia. Ao seu lado, estão potências internacionais e novas organizações regionais (Xangai, BRICS, etc.), com a presença de suas moedas locais, em troca do declínio do dólar como moeda de troca comercial internacional, e é isso que pode impulsionar o futuro. É preciso convocar mais países a dar o mesmo passo, enfatizando ao mesmo tempo a necessidade de unir a luta de todos os povos livres no enfrentamento às políticas de dominação, anexação e ao imperialismo.
O Birô Político saudou com orgulho e prestigio as lutas do movimento nacional e valorizou muito seu papel no enfrentamento ao contínuo ataque sionista que teve como alvo o mártir, o lutador irmão Khader Adnan e o camarada lutador Secretário-Geral Ahmed Saadat e seus dois companheiros, os líderes Ahed Abu Ghulamah e Walid Hanatshe, e o camarada pensador líder Walid Daqqa na tentativa de atingir a Frente Popular (PFLP) e sua liderança, quebrando o movimento local em geral, com o assassinato sistemático de seus lideres que se envolvem no confronto diário por sua liberdade. O Birô Político destacou a necessidade de continuar a ampla campanha nacional e popular para barrar as medidas criminosas sionistas contra eles e para acabar com o sofrimento do preso Walid Daqqa.
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