Uma sociedade gelada onde até a moral humana está desaparecendo

Uma sociedade gelada onde até a moral humana está desaparecendo

Por: O Poder Popular ·
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Ho Yong Min para o Rodong Sinmun [jornal do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia] - Tradução A voz do povo de 1945

Olhando para o Japão, onde até mesmo a moral humana e a ética desapareceram, pode-se compreender claramente a verdadeira face do capitalismo, dominado pela lei da selva e onde todo tipo de mal social prolifera.

“Em Ibaraki, uma mãe foi presa por ter deixado o cadáver de sua filha mais velha, já adulta, abandonado por quase 20 anos; o corpo foi encontrado dentro de um congelador, com a parte superior dobrada.”

“Em Kanagawa, foi revelado o caso de um filho que estrangulou e esfaqueou sua mãe idosa até a morte.”

“Em Gunma, um estudante de 15 anos foi preso após atacar o pai com uma faca dezenas de vezes até matá-lo.”

“Em Hyogo, um homem foi detido por estrangular sua esposa até a morte, sob o pretexto de insatisfação com seus hábitos de vida, e depois abandonar o corpo na montanha.”

Esses são apenas alguns dos crimes de assassinato dentro da família ocorridos no Japão nos últimos dois ou três meses.

O fato de tais crimes terem acontecido entre pais e filhos, ou entre marido e mulher, torna-os chocantes, mas o que realmente surpreende é que, para a sociedade japonesa, essas condutas criminosas já não representam novidade alguma.

Basta ver os inúmeros e assustadores atos de maus-tratos de pais contra filhos, que se repetem constantemente, deixando as crianças em pânico.

Há pouco tempo, em Wakayama, um casal foi preso por ter maltratado até a morte sua filha de 2 anos. No momento do falecimento, a criança pesava apenas metade do peso médio de uma criança de sua idade. Os pais se justificaram dizendo que “não lhe davam comida suficiente”, mas, na realidade, foi como se a tivessem deixado morrer de fome. Além disso, a frágil menina já vinha sendo espancada desde o outono do ano passado até o início de julho deste ano, chegando a ter a mandíbula fraturada. A causa da morte foi desnutrição e choque traumático devido a múltiplas contusões.

Mesmo depois de matar tão brutalmente a própria filha, os desavergonhados ainda tentaram encobrir o crime dizendo que “a criança morreu de insolação”.

Alguns anos atrás, em Tóquio, ocorreu o caso de uma menina de 7 anos que morreu após longas sessões de espancamento praticadas pelo padrasto e pela própria mãe. Na época, o padrasto e a mulher, sem qualquer remorso, afirmaram que a criança “demorava para comer” e que o ocorrido foi resultado do processo de “educação”.

Desta vez, uma criança de dois anos que nada sabia foi brutalmente assassinada pelos próprios pais.

Em junho passado, o jornal "Mainichi Shimbun" publicou, sob o título “Número de vítimas de abuso infantil chega ao recorde de 2.700; também o número de casos detectados é o mais alto da história”, dados que indicavam que, no ano anterior, tanto os casos de abuso infantil como o número de vítimas haviam atingido níveis recordes. A maioria dos agressores eram os próprios pais. O número de crianças notificadas aos centros de aconselhamento infantil por sofrerem maus-tratos em casa chegou a cerca de 122.300.

Desde tempos antigos, o amor e a dedicação abnegada dos pais para com os filhos sempre foram considerados sentimentos infinitamente puros e imaculados. Contudo, no Japão capitalista, podre e doente, até mesmo esse nobre sentimento humano está desaparecendo.

Segundo análises de especialistas, os pais que maltratam seus filhos no Japão apresentam alguns pontos em comum: não tiveram experiência de receber amor parental na infância, acumulam estresse devido a insegurança econômica, desentendimentos conjugais e encargos da criação dos filhos, além de estarem psicologicamente e socialmente isolados.

Não é de se surpreender que crianças que crescem sob ameaça constante de violência no próprio lar venham a se tornar delinquentes violentos, herdando a brutalidade dos pais.

Neste mundo, “fora de mim, ninguém mais importa”. Essa é a concepção de vida e de moralidade extremamente individualista que domina a consciência de muitas pessoas no Japão e em outros países capitalistas. Em meio à feroz luta pela sobrevivência, regida pela lei da selva, as pessoas se transformam em malfeitores que não hesitam em cometer qualquer atrocidade em nome de seus interesses pessoais.

A sociedade capitalista, por mais resplandecente que possa parecer em sua aparência exterior, é uma sociedade desumana que promove o individualismo extremo e o modo de vida baseado na lei do mais forte, fomentando a imoralidade, o assassinato, o roubo e toda espécie de vícios sociais, transformando as pessoas em aleijados espirituais e em degenerados morais.

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