Deputado israelense suspenso depois de acusar o exército de praticar crimes de guerra
Ofer Casif, deputado da Frente Democrática de Paz e Igualdade [Hadash] no Knesset, o parlamento israelense, foi suspenso pelo Comitê de Ética depois de acusar as Forças de Defesa de Israel de realizar crimes de guerra. Para além da suspensão também ficará sem salário.
Para o ocidente é a "única democracia no Oriente Médio". Para quem lá vive é um regime fascista que mata, persegue e oprime quem lhe faz frente. A história do regime israelense tem mais um capítulo e desta vez, é a suposta instituição democrática o centro das atenções.
O deputado da Frente Democrática de Paz e Igualdade [Hadash], membro do Partido Comunista de Israel, crítico e vocal na crítica da política sionista levada a cabo pelo Governo de extrema-direita do país, foi suspenso das suas funções depois de uma deliberação do Comitê de Ética do Knesset, o parlamento de Israel. Em causa estão as acusações do parlamentar comunista ao exército israelense e à sua prática de crimes de guerra.
Cassif já tinha sido suspenso uma vez e ficado sem remuneração durante 45 dias em Outubro de 2023 por ter dito que Israel queria violência, dois dias após o início da guerra e por ter comparado os planos de Israel com a solução final nazi.
Desta vez Cassif será suspenso 6 meses e ficará sem receber salário. Na rede social X escreveu que "tal é o estado da chamada democracia em Israel, onde aqueles que cantam o seu apoio ao genocídio e celebram a morte de inocentes são considerados heróis, enquanto aqueles que lutam pela justiça e pela paz são perseguidos como 'traidores'".
Apesar disto, considerando que a "decisão é o exemplo máximo de censura política no meio da escalada fascista da sociedade israelense", o mesmo considera que o seu dever "dever moral e político continua a ser o de defender os valores partilhados por toda a humanidade - liberdade e igualdade, paz e prosperidade - enquanto o mundo inteiro assiste horrorizado à forma como o regime israelense os mina" e por essa razão diz orgulhar-se "de estar entre aqueles que são perseguidos por este governo sangrento e maléfico e de continuar a lutar por um cessar-fogo imediato, pelo regresso dos reféns, por uma paz justa e pelo fim da ocupação cruel".
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