No dia 23 de janeiro, ocorreu a assembleia para deflagrar o processo eleitoral de nossa entidade sindical. A Oposição Bancária tem graves denúncias para apresentar a categoria acerca desta assembleia.

Para começar, é muito pouco democrático chamar uma assembleia desta importância no final de janeiro (época em que grande parte da categoria está de férias), e ainda pior, convocando apenas na antevéspera. Mas o pior é o que foi aprovado nesta assembleia.

Por proposta da corrente majoritária da Diretoria do Sindicato, o regimento eleitoral introduziu uma novidade estapafúrdia: segundo o regimento aprovado (contra o voto da Oposição Bancária), a chapa para concorrer precisa ter pelo menos cinco bancários de cada um dos cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander).

Isto é um completo absurdo! Esta regra esdrúxula cria dentro do Sindicato bancários de primeira e de segunda classe! Por esta regra o bancário do Banco do Brasil e da Caixa é mais importante do que o do BNDES, do Banrisul ou do BRB, e o bancário do Itaú, do Bradesco ou do Santander é mais importante do que do Safra, do Alpha ou da Crefisa! Além disso, esta regra não tem respaldo no Estatuto e nunca foi adotada em nosso Sindicato!

Ao que parece, a atual maioria da direção acha que Diretor do Sindicato está lá pra defender apenas seus colegas de banco. ISSO ESTÁ GROSSEIRAMENTE ERRADO: a Diretoria do Sindicato como um todo tem que representar, organizar e defender todos os bancários de todos os bancos!

Esta bizarrice tem um objetivo claro: tornar muito mais difícil a inscrição de uma chapa de oposição. A repressão e a perene ameaça de demissão dificultam a atuação sindical num banco privado. Na última campanha salarial houve um grande descontentamento com o índice de reajuste salarial e com as propostas específicas dos bancos, mas apenas na Caixa e no BB tivemos uma rebelião da categoria contra a postura traidora da Contraf/CUT e da maioria da Diretoria do Sindicato do Rio. Os colegas de bancos privados ficam vendidos a cada campanha salarial, pela falta de empenho da atual direção em lutar contra as demissões e pela estabilidade no emprego.

Precisamos de uma nova Direção sindical! Os pelegos não querem largar o osso! Alguns deles estão no Sindicato e liberados do banco HÁ 30 ANOS!

Precisamos recuperar nosso Sindicato para a luta: precisamos retomá-lo como nossa entidade que tem a importante tarefa de organizar a categoria e travar as lutas atuais e futuras, para a melhoria das condições de trabalho, pela estabilidade no emprego, o fim do adoecimento físico e mental da categoria e para que a nossa remuneração e direitos reflitam o que produzimos para os bancos.

Em abril haverá eleição para a diretoria do Sindicato do Rio. Fazemos um chamado aos bancários e às bancárias do município do Rio de Janeiro pela construção de uma chapa de oposição à direção majoritária do nosso sindicato. Queremos um sindicato democrático, independente dos banqueiros e do governo, com atuação pela base e que organize as lutas, fortalecendo a categoria bancária.

NÃO À MANOBRA ESTAPAFÚRDIA E CONTINUÍSTA!

RETOMAR O SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO RIO PARA A LUTA!

OPOSIÇÃO BANCÁRIA RIO DE JANEIRO

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