Federação Sindical Mundial realiza seminário sobre crise do capitalismo em São Paulo
O seminário internacional "A Crise do Capitalismo e seus Impactos na Organização Sindical e no Trabalho" ocorrerá na capital paulista em 4 de Março, com o apoio de diversas centrais e correntes sindicais brasileiras.
No início do próximo mês, a Federação Sindical Mundial (FSM) estará em São Paulo para ali desenvolver uma série de iniciativas em conjunto com o movimento sindical brasileiro. Além de um seminário sobre a crise do capitalismo, a federação promove a reunião do seu Conselho Presidencial e vai inaugurar o seu escritório no Brasil.
A primeira das iniciativas está marcada para 1 e 2 de Março, no Hotel Grand Villagio. Trata-se da reunião do Conselho Presidencial da FSM, organização que é presidida pelo sul-africano Mzwandile Makwayiba e que tem como secretário-geral o cipriota Pambis Kyritsis.
Também no dia 1 de Março, será inaugurado o escritório da FSM no Brasil – que irá funcionar na sede da CTB (no Bairro de Sumaré, Oeste de São Paulo).
"Será uma oportunidade única para fortalecer os laços de solidariedade entre os trabalhadores de diferentes países e discutir estratégias para enfrentar os desafios do cenário global atual", afirma a CTB no seu portal.
O Seminário Internacional "A Crise do Capitalismo e seus Impactos na Organização Sindical e no Trabalho" ocorre no dia 4, a partir das 9h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo.
O evento, explica a CTB, é organizado pela FSM em parceria com uma série de estruturas sindicais brasileiras: a própria CTB, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a União Sindical dos Trabalhadores (UST), a Unidade Classista (UC) e a Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
Evento deve realçar importância da luta contra o capitalismo
Em declarações à Agência Sindical, Adilson Araújo, presidente da CTB, disse, a propósito da iniciativa: "Vivemos um momento de profunda instabilidade econômica, somada ao declínio da ordem mundial até agora hegemonizada pelos Estados Unidos."
Em seu entender, verifica-se "uma transição para outra ordem geopolítica, gerada pela ascensão da China e o fortalecimento do BRICS, que reúne países como Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, e ela se contrapõe à hegemonia norte-americana. A grave crise intensifica a luta de classes num mundo marcado por tensões e conflitos."
Adilson Araújo defendeu que o seminário deve realçar a importância da luta contra o capitalismo e que o objetivo é traçar maneiras de criar um mundo menos desigual.
"O evento da FSM marcará o encontro da diversidade das culturas, que, embora abrigue diferentes opiniões, tem uma compreensão comum entre as partes, que é o esclarecimento sobre o problema que o capitalismo causa às nações e ao povo, em geral", afirmou.
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