Himelda Ascanio - Exército de Libertação Nacional da Colômbia

Ao mesmo tempo que se acorda a possibilidade de participação popular na construção da paz, o governo fortalece a sua relação com os Estados Unidos, o que o distancia da mudança e o aproxima da dinâmica tradicional do antigo regime.

A visita, passeio e doação que a chefe do Comando do Exército Sul dos Estados Unidos, General Laura Richardson, fez na Colômbia esta semana, demonstra que o nível de relacionamento deste governo com Washington continua a ser de dependência e na opinião que permanece antes da mensagem é que Petro continua a ser endossado pelos EUA.

Com a chegada de Murillo ao cargo de Chanceler, fortaleceu-se a oferta de “ajudar a cuidar da Amazônia” e a entrega do santuário natural da Ilha Gorgona. Agora é evidente o aumento das “colaborações” de tipo militar, camufladas após a doação de 10 pontes militares; Além disso, eles relataram o plano de substituir os caças K-fir pelos F-16 de fabricação americana.

Richardson demonstra os seus reais interesses com um nível de cinismo cada vez maior, desta vez não escondeu que depois da suposta guerra contra o narcotráfico, procuram fortalecer-se na fronteira com a Venezuela, reforçando as suas capacidades e presença. Disse que as ameaças à democracia colombiana vêm de “organizações criminosas transnacionais”; Portanto, “os Estados Unidos estão à disposição do Governo colombiano para apoiá-los de acordo com suas necessidades e solicitações”.

Concordar e não cumprir, falsidade evidente

Esta nova visita e posicionamento dos militares dos Estados Unidos em território colombiano na fronteira com a Venezuela, numa zona onde se denuncia a continuidade do conluio e coordenação do Exército colombiano e de grupos narco-paramilitares, mostra claramente o que Washington ordena sobre a continuidade da guerra.

Em contrapartida, no início desta semana foi assinado o Acordo sobre o desenvolvimento do processo de participação da sociedade na construção da paz, número 28 até o momento na Mesa de Diálogo de Paz com o Exército de Libertação Nacional. Acordo que levanta precisamente uma discussão “sobre a transformação daquelas doutrinas, práticas, estruturas e instituições da organização política do Estado, que violam os direitos e o bem-estar da sociedade colombiana, fundamentos da democracia e procura fortalecer aqueles que estimulam e garantem. Ou seja, uma dinâmica totalmente diferente da continuidade da presença gringa com todos os males historicamente evidenciados e denunciados pelas comunidades.

Assassinatos desta semana

Em 25 de maio de 2024, três pessoas foram assassinadas com arma de fogo na área conhecida como Matadero Viejo de Amalfi, Antioquia.

Tradução: Poder Popular e Rede Marxista

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