Incêndios: ASCEMA já havia alertado, em maio, risco de catástrofe sem precedentes
Apesar de o governo suspeitar que os incêndios que têm castigado o Brasil são criminosos – e há indícios que podem comprovar a hipótese – a ASCEMA Nacional já havia alertado, em maio, que este situação de “catástrofe sem precedentes” poderia acontecer. Neste ano, o governo federal reduziu em 24% o orçamento do Ibama para o combate aos incêndios. O corte de R$ 12 milhões deixou o órgão com um orçamento de R$ 50 milhões para o ano, menos da metade dos R$ 120 milhões que havia solicitado. Isso impacta diretamente no trabalho a ser desenvolvido, como aquisição de equipamentos e contratação de brigadistas.
Para a ASCEMA Nacional, a situação atual é a lógica, a partir de um cenário do sucateamento da Gestão Ambiental ao longo dos anos, combinada com o descaso dos governos com a necessidade de reestruturação da carreira federal de especialista em meio ambiente, abandonada há 10 anos.
“A demora no processo de negociação decorrente da ausência de uma proposta justa para os servidores por parte do governo é um erro grave que já comprometeu o processo de contratação de brigadistas, e está prejudicando as ações de prevenção, realizadas por meio das queimas prescritas e atividades de educação ambiental. O governo precisa entender que sem o engajamento total dos servidores ambientais, a situação que se vislumbra para este ano é de uma catástrofe sem precedentes”.
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