Por que os trabalhadores e trabalhadoras da Educação Federal vão parar?
Por que os trabalhadores e trabalhadoras da Educação Federal vão parar?
Com o mote “Nossa greve é pela educação!”, trabalhadores e trabalhadoras da educação da Rede Federal de Ensino estão paralisando seus trabalhos. Ainda no mês de março, após meses de negociação frustrada com o Governo Federal, os trabalhadores técnico-administrativos das Universidades Federais deflagraram greve.
No último dia 27/03, foi a vez dos servidores e servidoras da Educação dos Institutos Federais. Em Plenária Nacional do SINASEFE, ficou definido que a greve será deflagrada em todo Brasil a partir do dia 03/04, contando com a adesão já confirmada quase 300 campi.
As reivindicações da categoria são claras. Depois de mais de 8 meses de negociação e com uma proposta de reajuste zero para 2024, depois de anos de perda salarial, a resposta do Governo de 0% em 2024 (e 4,5% para 2025 e 4,5% para 2026), foi preciso radicalizar a luta pela valorização da educação, dos serviços públicos e dos/das trabalhadores/as da educação federal.
Para se ter uma noção, há uma defasagem salarial, levando em consideração a inflação acumulada, da ordem de quase 25%, desde 2016, ano da última parcela paga de reajuste. Como nossa categoria não possui data-base - que também é uma reivindicação constante -, os salários ficam sempre congelados até que haja novas negociações.
Para além da recomposição salarial, lutam por recomposição dos orçamentos para investimento na educação federal, por reestruturação das carreiras, pela revogação da Instrução Normativa nº 49/2023. que impede o direito à greve, pelas 30 horas, por melhores condições de trabalho, contra a Reforma Administrativa encabeçada hoje por Arthur Lira, e pela revogação de uma série de medidas tomadas em governos anteriores que destruíram os direitos da classe trabalhadora, como, por exemplo, o Novo Ensino Médio.
Nesse sentido, é importante o apoio de toda a sociedade para que as demandas dessas categorias sejam atingidas. Deve ser de interesse de toda a classe trabalhadora que se melhore o investimento na Educação Pública, e que haja a luta constante por melhor qualidade para ampliação constante do acesso para todos e todas, com vistas ao acesso universal a este direito.
Mais do que nunca, é preciso garantir que as Universidades e Institutos Federais continuem sendo uma referência em Educação, e que sejam voltadas cada vez mais para o povo!
Agora é #Greve!
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