Sindicato reúne-se com Ministério do Trabalho para discutir crise na Avibras
A possível venda da Avibras e a situação dos trabalhadores da fábrica, localizada em Jacareí, serão tema de discussão na reunião entre o Sindicato e o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Mecena, nesta quinta-feira (18), em Brasília.
O encontro foi marcado a pedido do Sindicato, que retomará as cobranças para que o Governo Federal adote medidas urgentes em favor dos trabalhadores, que estão há 15 meses sem salário, e contra a entrega da empresa ao capital estrangeiro. Essas medidas estão sendo cobradas desde a posse do presidente Lula, mas até agora nada foi feito.
O Sindicato defende que o governo antecipe o pagamento de contratos com a empresa, o que possibilitaria o pagamento de salários aos mais de mil trabalhadores da fábrica.
Pelo Sindicato, participarão da reunião os diretores José Dantas Sobrinho e Kléber Roberto de Carvalho. O presidente licenciado, Weller Gonçalves, participará como convidado, representando o PSTU.
Entrega ao capital estrangeiro
Ao que tudo indica, o Brasil pode perder sua mais importante indústria bélica. A empresa australiana DefendTex está em negociação para comprar a fábrica brasileira. A direção da Avibras afirma que deve ter um posicionamento oficial até o final do mês.
A chinesa Norinco também entrou na jogada e já demonstrou interesse em comprar parte das ações, conforme vem sendo divulgado pela grande imprensa.
Greve
Os trabalhadores da Avibras estão em greve desde setembro de 2022, em protesto contra a falta de salários. Apesar da gravidade da situação, o Governo Federal ainda não tomou qualquer atitude para socorrer os funcionários da fábrica.
“Desde o governo Bolsonaro, estamos denunciando o drama vivido pelos trabalhadores e continuaremos cobrando que o governo invista na fábrica. Se a Avibras vai ser vendida para a China, Austrália ou qualquer outro país, os pagamentos referentes aos contratos que o governo brasileiro tem até 2025 podem ser antecipados para que os salários sejam finalmente regularizados”, afirma o diretor do Sindicato Kléber Roberto Machado.
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