No início da manhã desta quarta-feira (23/03), trabalhadores rodoviários, usuários do sistema de transporte, profissionais da educação municipal e estadual, movimentos populares de luta por moradia e estudantes realizaram um ato unificado para denunciar a prefeitura e o governo do Estado.

Os manifestantes deixaram a Praça do Fripisa por volta das 9h20 e seguiram por ruas do Centro da cidade, fechando completamente as vias por onde passavam realizando discursos e apresentando suas pautas de reivindicações.

Os rodoviários e usuários do transporte público protestavam pela dominação do setor empresarial que massacra os trabalhadores e a população desde quando as medidas restritivas pela pandemia atingiram a cidade. A SETUT, sindicato dos empresários vem retirando direitos e piorando o serviço de transporte da capital. Os trabalhadores estão recebendo como horistas, sem ter direito a ticket refeição, sem plano de saúde e sem reajuste salarial desde 2019.

Os moradores das diversas ocupações na cidade de Teresina estão lutando para que a prefeitura apresente uma solução à situação desses moradores, já que a Liminar do STF termina no próximo dia 31/03, que proíbe os despejos durante a pandemia (Lei 14.216/21). Porém, no dia 15/03, no ato em frente da sede da prefeitura o movimento foi duramente reprimido.

Os trabalhadores da educação municipal estão em greve a mais de 30 dias (a greve foi deflagrada no dia 07/02) protestavam contra o prefeito Dr. Pessoa que não realizou o rateio do FUNDEB e não quer pagar o piso da categoria que é Lei Federal (Lei Nº 11.738/2008).

Seguindo a mesma pauta de reivindicação, os professores da rede estadual, também estão em greve porque o governo Wellington Dias (PT), também não pagou e se recusa a cumprir a Lei do Piso do magistério. Os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) também se somaram aos protestos, pois a categoria está sem reajuste há 05 anos, além do processo de sucateamento da estrutura da Universidade.

A REPRESSÃO NÃO IMPEDIU OS PROTESTOS
O ato unificado seguiu um trajeto simbólico para apresentar as pautas nos locais devidos, passando pela Prefeitura de Teresina, na frente do sindicato do SETUT e no Palácio do Governo do Estado. Porém, na sede da Prefeitura ocorreu repressão com a presença do Batalhão de Choque, ocorrendo explosões de bombas de efeito moral para tentar dispersar a multidão. Mesmo com mulheres e crianças, a tentativa de intimidação não surtiu efeito.

INSS DE TERESINA ADERE A GREVE NACIONAL

Os servidores do INSS do Piauí aderiram à greve nacional da categoria. Os servidores reivindicam o reajuste salarial, melhores condições de trabalho, revogação da PEC do teto de gastos, a rejeição ao PEC 32 (da reforma administrativa) entre outras. Os servidores realizaram um protesto em frente à agência do Centro de Teresina.