OPA - Organização Popular

Dia 29 de junho, depois das famílias ocuparem a fazenda abandonada Baquit, em Jaguaruana-CE... Após organizarmos as divisões de tarefas referentes à segurança, alojamento e alimentação, chegou o momento de planejarmos o início da vida na nova terra.

É um momento lindo de se ver! O microfone da caixinha de som aberto a quem queira falar, sem hierarquia de saberes. O jeito certo de se expressar sendo o jeito de cada pessoa se expressar. Todas as propostas explicadas por quem as propôs e os encaminhamentos decididos coletivamente, embasados no princípio revolucionário da partilha. Obviamente que sempre em conflito com as deformações egoístas das quais o mundo dos megaempresários nos enganou como jeito natural de ser humano.

Onde ficará a vila das casas, as áreas de produção, o acesso à água e à energia, o posto de saúde, o centro de formação, o espaço das Opinhas, a escola... Como cuidaremos da natureza, para que ela também cuide de nós. Uma cidade camponesa sendo planejada por quem a construirá com suas próprias mãos e luta. Na democracia direta da classe trabalhadora, o intelecto e o fazer não se separam.

O povo, excluído do exercício do poder na sociedade capitalista, na organização e luta populares, tornando-se gente de fato ao encarar, através da participação direta, os riscos de tomar as rédias de seu destino em seu próprio corpo e mente, em sua alma.

Quando a democracia é exercida desta forma, os donos do lucro se desesperam e são capazes de tudo, absolutamente tudo para destruí-la. Daí a importância de unificar a classe oprimida, de reunir apoios de quem anseia por um futuro de dignidade para todas as pessoas.

Daí o sentido vital do grito que se entoa cada vez mais aos quatro cantos: UNIR! LUTAR! CONSTRUIR PODER POPULAR!

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