Solidariedade aos trabalhadores do Museu da Diversidade Sexual e pela defesa dos aparelhos de cultura públicos!
O desmonte cultural se aprofunda e dessa vez atinge o Museu da Diversidade Sexual. Mais uma prova do desastre que é a terceirização dos instrumentos culturais! CULTURA NÃO É MERCADORIA!!
Na última quinta-feira, dia 29 de fevereiro, nada menos que 12 dos 29 funcionários do Museu da Diversidade Sexual, que é vinculado à Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, foram sumariamente demitidos. O museu é gerido pelo Instituto Odeon, e, de acordo com relatos dos funcionários, o motivo oficial da demissão é o reduzido orçamento previsto para 2024, mas que além disso, existe uma política LGBTfóbica e higienista sendo aplicada pela gestão do museu.
O Museu da Diversidade vem estando sob ataque direto desde pelo menos 2022, quando parlamentares da extrema direita, com o desprezível Gil Diniz (PL) à frente, questionaram a destinação de R$30.000.000,00 à sua administração. Desde então, o Museu da Diversidade ficou um longo período fechado e, mesmo voltando a abrir, não funciona plenamente até hoje.
Com as demissões recentes, dois setores inteiros do museu, o de museologia e o de educação, exatamente os dois setores mais importantes do nosso ponto de vista, ficaram sem absolutamente nenhum funcionário!
Para além do claro ataque à visibilidade LGBTQI+, bem como ao acesso à cultura livre, que estes cortes orçamentários objetivam, que faz parte do discurso reacionário deste governo asqueroso capitaneado pelo fascista Tarcísio de Freitas e sua secretária de cultura, Marília Marton, esta situação explicita outro componente que deve ser denunciado: o completo desastre que a terceirização da gestão dos aparelhos de cultura públicos gera. Sob o controle destes institutos e associações, como é o caso do Instituto Odeon, o que se vê nos espaços e aparelhos culturais públicos é a arbitrariedade e o descaso com o corpo de trabalhadores que integram estes espaços e aparelhos, para além dos pra lá de nebulosos contratos de concessão, que por vezes ferem diretamente os interesses daqueles que deveriam usufruir da cultura oferecida por estes espaços e aparelhos, que é justamente a população. Nesse sentido, devemos defender a gestão popular destes espaços e a contratação estável e concursada de um corpo técnico que não esteja sujeito a este tipo de prática que ocorreu no Museu da Diversidade.
Nós do Coletivo Vianinha expressamos nossa indignação e nos solidarizamos com os trabalhadores do Museu da Diversidade. Essa é só mais uma situação que prova o projeto de desmonte e ataque que este governo tem para a cultura. Não podemos permitir que a açougueira da cultura Marília Marton, a mando do fascista Tarcísio, avancem com este projeto reacionário, anti-popular e LGBTfóbico, é preciso que o setor cultural se organize!
SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES DO MUSEU DA DIVERSIDADE SEXUAL!
PELA DEFESA DOS INSTRUMENTOS CULTURAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO!
POR UMA CULTURA DEMOCRÁTICA E REPRESENTATIVA!
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