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Os resultados de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira mostram que 58% dos adultos palestinos sofrem de depressão, motivada pela pobreza e a violência sistemática israelense nos territórios ocupados.

O estudo, realizado de forma conjunta pelo Banco Mundial e o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina, indica que mais de metade dos palestinos sofrem de depressão (71% dos residentes na Faixa de Gaza cercada e 50% dos habitantes da Cisjordânia ocupada).

A depressão afeta de igual modo homens e mulheres, e atinge 58% da população maior de 18 anos, revela o relatório apresentado nesta segunda dia 20/02 em Ramallah, cujos dados resultam de uma pesquisa efetuada em 2022 para conhecer o estado da saúde mental da população na Palestina, abrangendo mais de 7.000 famílias.

A pesquisa mostra igualmente que 7% dos adultos palestinos sofrem de estresse pós-traumático e que os sintomas são mais elevados na Faixa de Gaza do que na Margem Ocidental ocupada, sendo mais severos no caso dos homens, indica a agência Wafa.

Outro aspecto evidenciado pelo estudo é o da relação direta entre a pobreza extrema e as perturbações no nível da saúde mental, sendo que, de acordo com o inquérito, 70% da população está abaixo da linha da pobreza extrema.

Os responsáveis pelo estudo destacaram que o estresse da saúde mental se agrava em função de eventos traumáticos como a agressão israelense à Faixa de Gaza em maio de 2021.

Das pessoas inquiridas em Gaza, 10% tinham perdido um familiar ou um amigo; 10% tinham ficado feridas, e 25% tinham ficado com as suas casas destruídas ou danificadas.

O estudo também inclui indicadores relacionados com questões sociais, econômicas e ambientais e, segundo explicou a presidente do Gabinete Central de Estatísticas da Palestina, Ola Awad, ajuda a compreender o impacto do ataque israelense a Gaza em maio de 2021.

À época, durante os 11 dias da operação militar levada a cabo por Israel, os bombardeios provocaram cerca de 250 mortos e mais de 1.700 feridos no enclave costeiro palestino.

Publicado originalmente em: https://www.abrilabril.pt/internacional/pobreza-e-violencia-israelita-motivam-depressao-entre-maioria-dos-palestinianos

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